HISTÓRIAS DA ARTE POLITICAMENTE INCORRETAS: "UM CRETINO INVEJOSO CHAMADO PICASSO"


Felix Rego
Bernard Buffet foi o pintor mais importante do mundo após a segunda guerra mundial.
Importante, famoso e rico, aos trinta anos Bernard fez uma fortuna que nenhum outro artista até então sequer sonhara fazer, simplesmente vendendo obras de arte.
As pessoas comuns adoravam as obras de Buffet, e nos anos 70 seu estilo dominou inclusive a decoração de infinitos lares por todo o planeta.
Embora sempre tenha sido admirado por críticos de todo o mundo, na França, sua terra natal, Buffet sofreu uma das maiores perseguições já vista no mundo das artes.
Por puro ciúmes e movido por uma inveja sem precedentes, essa perseguição inaudita foi liderada por Pablo Picasso, que detestava Buffet, pelo simples fato do artista rivalizar com sua fama.
Picasso também influenciou André Malraux a odiar Buffet – Malraux que logo depois se tornaria ministro da cultura de Charles de Gaulle, embora pouco soubesse de arte.
Na esteira de Picasso, Pierre Bergé, amante e parceiro de negócios do estilista Yves Saint Laurent, também tornou-se outro poderoso, desleal e gratuito inimigo de Buffet e sua obra.
Apesar de em 1955, Bernard Buffet ter sido escolhido por 100 críticos como o mais impressionante jovem pintor do mundo, em 1960 eclodiu na França, com toda intensidade, a campanha de desmoralização final do artista, liderada por Picasso.
E Picasso não descansou até banir Buffet definitivamente de todas as galerias e academias francesas de arte, sem que Bernard Buffet jamais lhe tivesse dirigido uma palavra de indelicadeza ou algo que o valha.
Por influência de Picasso, durante décadas o museu nacional de arte moderna do centro Georges Pompidou manteve trancadas dezenas de obras de Buffet, com o intuito de que o mundo, e principalmente os franceses, o esquecessem.
Mas os ventos mudaram, e o desterro acabou.
Recentemente, as obras de Buffet foram destrancadas, e expostas ao lado de mestres como Matisse, Braque e Léger.
Bernard Buffet se suicidou em 1999.